domingo, 19 de janeiro de 2014

Qui sera, sera... Whatever will be, will be

O blog é, neste momento, para aí a minha 11º prioridade. Sem motivo nenhum. Deixou de ser um hábito abrir o blogger no final do dia para escrever sobre tudo e sobre nada. Outras coisas urgem fazer. O blog está pois a fugir-me discretamente. Era para vir deixar cá um daqueles "até já" clássicos,  um poucochinho dramáticos, com promessas de que volto um dia destes, mas o simples facto de ter vindo aqui escrever diz-me que quem sabe se não é este já um desejo de retomar o ritmo.

Se não voltar em breve, até já. Se voltar, até já na mesma.


When I was just a little girl
I asked my mother what will I be
Will I be pretty will I be rich
Here's what she said to me

Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Em que é que eu afinal me perco

Publicadas as vossas respostas falo de mim. Não será novidade, mas perco-me no que me leva para longe de mim. Sei lá, no que restaura em mim, o que há de mais primário e instintivo e me deixa com um sentimento de "eu sou isto" que não se consegue. Perco-me no olhar mais rasgado e brilhante de uma criança; em olhos que riem felizes; em músicas que me fazem percorrer um percurso de carro 2 vezes mais longo do que ia fazer porque me transportam para uma realidade paralela; a dançar embalada pelo que há de visceral em mim; em momentos casuais que me emocionam pelo que há de afeto puro neles.

No fundo, talvez não seja o que me leva para longe de mim que me faz perder-me, mas o que me leva para bem perto do que estava nos genes, na alma, no coração, sei lá, algures bem conspirado que eu deveria ser: está afinal naquilo que, de certa maneira, me devolve a mim própria e me dá a sensação tão boa que estou exatamente onde devia estar. Vai acontecendo. E sou feliz por isso.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Anjo bom

Há dias em que acho que um anjo bom, em vez de um cão negro, se apodera de mim.

Este dia tinha tudo para ser um dia murcho, sem entusiasmo, sem paixão, movido apenas a cafeína. Levantei-me aliás com o raio do peso de que acordar cedo é a tarefa mais difícil do mundo e que eu sou um ser humanozinho incapaz de suportar tal tarefa.

Pelas 10 da manhã estava muito feliz com criaturas cuja idade máxima enche os dedos de uma mão. Estivesse eu sempre com esta energia transformadora e mudava o mundo. Ou pelo menos, alguns mundos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Os 20 erros que não queres cometer ao longo dos 20 (conclusão)

10. Seguir a multidão
As coisas novas, mais criativas e criadoras são por vezes as coisas óbvias e fáceis de encontrar no caminho que ninguém se lembrou de percorrer. No meio da multidão, é maior o risco de nos perdermos. Além disso, como o artigo recorda, ninguém encontra o próprio caminho a copiar os passos dos outros.

9. Não conseguir energizar aqueles à nossa volta
Mesmo que por vezes possamos sentir que estamos rodeados de gente oca e que não tem nada a acrescentar à nossa vida, é nossa responsabilidade mobilizar também as almas que estão à nossa volta - lá dizia o Einstein que toda a gente é um génio, mas se julgarmos um peixe pela sua capacidade de trepar a uma àrvore, ele vai passar a vida inteira a achar que é estúpido.

8. Achar que já cresceste e aprendeste tudo o que tinhas a aprender
A justificação para esta frase no artigo original não é tão boa quanto a certeza de que quem achar que encerrou crescimento e aprendizagem deve voltar certamente a um ponto muito próximo do zero da sua formação.

7. Achar que alguém te vai pagar de volta
Estejas com muito dinheiro ou nas lonas vai haver sempre alguém a pedir-te uns trocos e a não pagar de volta.

6. Investir em relações com os valores errados
Certifica-te que uma relação não se sustenta com a tua conta bancária.

5. Manter-te preso a amigos que te fazem perder tempo e que não acrescentam qualquer valor à tua vida
Não é suposto estarmos com gente que nos afoga em problemas, mas sim gente que nos dá garra para seguir em frente. Esquece os pessimistas que assassinam sem piedade os teus melhores sonhos.

4. Esquecer o mealheirinho porco (i.e., as poupanças)
Já aqui se dizia "Eles gánhu 10, elas f**** 20"
http://www.youtube.com/watch?v=8_y_0t-dxng

3. Não arranjar uma barriguinha (seja portador da mesma ou co-responsável pela mesma) que não é de cerveja antes de te ver a vida arrumadinha

2. Namorar pessoas instáveis com mommy and daddy issues
Devemos esquecer os nossos síndromes de madre Teresa Calcutá e achar que vamos levar amor e tentar concertar os coitadinhos.

1. Esquecer que o Karma is a bitch

Original aqui

domingo, 5 de janeiro de 2014

Em que é que tu te perdes?

Quero saber daqueles momentos em que vão embora os julgamentos, vão embora os medos, fica apenas um grande entusiasmo e um sentimento de que a vida vale a pena. Por tudo e por nada. Falo daquele sentido de despersonalização, quase sem questões existenciais e preocupações. Basicamente, o que é que vos leva para longe do mundo, longe de racionalizações e de pensamentos complicados?

É cantar no chuveiro?

É pintar em aguarela?

É ver o mar?

É a companhia do gato no sofázinho à noite?

Quero saber...

Notinha: Os comentários estão temporariamente moderados para que cada um possa discorrer livremente e sem influências!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Os 20 erros que não queres cometer ao longo dos 20

É um artigo com o nome de tantos por aí, mas que, pela forma genuína e descomplicada com que está escrito, teve o condão de me deixar a pensar. Ainda hoje é bom reler quando acho que com 25 anos já devia ser dona do mundo. Assim, com o mote de que os 20 são o período mais definidor e crucial da nossa vida que não devemos arruínar, aqui vai um post altamente adaptado do original, mas com comentários originais da serva deste estabelecimento:

20. Trabalhar por dinheiro e não para conquistar os teus sonhos
A frase que mais me faz pensar de todas é simples e diz só isto "Pára de te achar tão importante e de achar que mereces dinheiro, prémios e férias já". E entre outras coisas diz-se que se vai perceber rapidamente que não é o dinheiro que traz felicidade. É o processo. Eu prefiro focar-me na primeira parte, confesso, que isto de processar para não resultar é só frustrante. De qualquer forma, parar de me achar tão importante para merecer tudo já foi uma dica relevante.

19. Pensar que é a altura ideal para te apaixonares.
Até pode ser complicado quando toda a gente à nossa volta se está apaixonar e este parece sem dúvida o caminho "normal" e anormais são os que ficam de fora, ou que preferem andar aí de pés frios e sozinhos, em vez de os ter aquecidos, mas diz-se que este é o tempo para andar por aí a descobrir e a descobrir-nos.
18. Tentar agir como um homem em vez de aprender a ser.
Aqui diz, basicamente, que em vez de trabalharmos nos copos e numa imagem cool, devemos é trabalhar para sermos homenzinhos em vez de dizer que o somos crescidos à conta de fotografias de copo na mão que ficam bem no facebook.

17. Fazer amigos em vez de conquistar confiança
Se queres que as pessoas te levem a sério, tens de as levar a sério.

16. Não quereres saber porque só vives uma vez = isso é para falhado
Pára com tretas do YOLO (you only live once) e faz lá para que saibas o que ralmente queres da vida.

15. Satisfazer todos os teus desejos e necessidades
Eu diria que é o melhor caminho para uma insatisfação e falta de pica permanentes; eles dizem basicamente para uma pessoa pôr é mãos ao serviço em vez de andar por aí a brincar ao fashion e à copulagem múltipla. É preciso saber distinguir aquilo de que realmente precisamos.

14. Esquecer que a família vem primeiro
Agora que finalmente há freepass para sair seja a que horas for, para onde for tendemos a achar que o lugar da família ficou no passado, mas diz este artigo que só trabalhando para os que nos foram dando suporte até aqui podemos chegar longe.

13. Culpar todos menos nós próprios por qualquer ciobinha
Em vez de criar problemas, cria soluções; e já que és o raio da criatura com quem estás todos os dias vê lá se assumes as coisas por ti.

12. Achar que já mereces uma pausa
Não aches que já tens tudo e não cedas à preguiça de que já podes ter tempo livre e lembra-te daquelas pessoas que passaram anos sem férias para construírem o seu negócio (e este é só provavelmente o erro que menos me importo de cometer, porque preciso de pausas, de facto!).

11. Ficar preso a trabalhos que não te ensinam nada
Uma pessoa ainda não tem idade para se achar importante, mas também não tem idade para achar que pode não ser importante e que o melhor é ficar com algo seguro. Esquece a moral: mais vale um pássaro na mão do que dois a voar porque vai na volta, quando algo nos empata, é melhor uma coisa que nos volte a dar o devido empurrãozinho.

Quanto ao resto, amanhã falamos.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Então é isto?

Estou com saudades do meu primeiro post de 2013. Melhor, estou com saudades da sensação que tive no primeiro dia de 2013 - sem ter feito esforço para isso hoje acordei a lembrar-me dela. 

No primeiro dia do ano passado acordei a sentir-me incrivelmente leve e a pensar que a vida é bela e fiz para mim o belo de um brunch. Claro que fui ver o meu primeiro post de 2013 e achei, por momentos, que 2014 está vetado à desgraça porque este primeiro post é apenas acompanhado da sensação de que hoje é o dia a seguir a ontem; que ir fazer alguma coisa coisa mais jeitosinha para comer agora é quase um acto de tortura - pelo que para já a caneta de café com leite é a única companhia - e que está um dia ridiculamente cinzento.

E não, não bebi para lá da conta. Mas eventualmente isto também pode ser uma leve ressaca psicológica de um partying 'till 7am.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Tive (quase) tudo o que queria

Tive tudo o que queria em 2013.
Trabalho até Junho. 
Um trabalho pontual em Julho. 
Umas férias fabulosas em Agosto. 
Um trabalhinho a partir de Outubro. 
Tenho o meu pai, a minha mãe e a minha irmã e percebi que gosto mais deles do que algumas vez lhes consegui dizer. 
Da minha avó e do meu avô também.

Tive tudo o que queria em 2013
Não senti fome. 
Não morei num local em risco de bombardeamento diário. 
Descobri sítios novos. 
Conheci pessoas novas. 
Tive experiências novas. 
Tive muito mais momentos agradáveis do que desagradáveis. 
Permiti-me desabafar os meus melodramas aqui, mas, acerca deles, nunca me levei demasiado a sério. 
Chorei muitas vezes.
Sorri outras tantas.
Dei-me muitos descontos.
Dei mais pontapés na bunda para me mexer. 
Fiz com que os meus meses parecessem anos de tanto que neles aconteceu. 
Estive muito mais vezes onde e com quem me apetecia.
Estive muito poucas vezes onde e com quem não me apetecia.
Comecei a fazer algumas coisas não porque me apetecia, mas porque me apetece ver as pessoas que me são queridas felizes e esse apetite é superior e maior. E preenche-me.
Continuei a fazer mais programas do que a minha agenda suporta e a cortar menos do que devia.
Soube preferir estar sozinha a estar acompanhada para não estar sozinha.
Magoei-me algumas vezes e resolvi mais vezes no imediato do aquelas em que fiquei a sentir-me ressentida e a calar o meu sofrimento.
Continuei a gostar muito de mim.

Tive quase tudo o que queria em 2013. Porque houve momentos, claro, em que quis muito mais. Um país desassombrado. Um amor. Um trabalho sem ser "inho" e a muito part-time. Mas, acima de tudo, estou muito grata. É tanto o que tenho. É só ridículo quando sinto que tenho pouco. Mas no constante querer mais que me acompanha - e acho que deixava de ser eu se apesar de todo o afeto que me tenho não me visse em permanente construção - não deixo de achar que nascer neste país à beira mar plantado, na família que me calhou, rodeada das pessoas que me são é uma coisa para lá de fabulosa. A partir daqui resta crescer.

O meu blog tem...

... comentários fantasma!

Diz que são 13 ao post anterior, mas eu só vejo 8!

domingo, 29 de dezembro de 2013

Cadela com o cio

Sabem aquelas raparigas...
.... cujo traje noturno inclui sempre um vestido ou uma saia que cubra apenas as nádegas e que depois se rebolam como se estivessem no quarto a fazer uma coreografia só para o espelho?
.... que dançam como se estivessem a oferecer cópula a todo o espécime masculino existente?

Quando danço por aí em estabelecimentos de diversão nocturna onde geralmente o copo e uma conversa abafada pela música são os elementos de diversão mais comuns acho que deve ser assim que sou vista. Eu tendo a achar sempre que é só adequadamente sexy. Não. Na realidade que se passa é que não penso, nem acho se é adequadamente sexy; se é só porco e evidente ou se, não sendo nada disto, é apenas descomplexado e louco. Nestes momentos não estou a achar nada. Estou, na realidade, num estado ótimo de distração pura e elaboração cognitiva nula. Sabe-me bem. 

Mas ontem dei por mim a achar que o que eu acho na medida certa é capaz de ser de mais. A minha medida certa tende sempre a ser uma medida extra. Assim, pela primeira vez, fiquei a achar que tenho que me conter. Porque se os outros me poderão estar a ver como uma rameira, as palavras que do meu dicionário sempre colorido e alternativo saltaram foram eventualmente mais graves. Os meus pensamentos atiravam que eventualmente pareço uma cadela com o cio. E não pode ser. Ou então pode e introduzir "achanços" em momentos de deleite puro é que não está certo.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Next Stop: Barcelona

2014 enche-se subitamente de planos, portanto estou ávida de ouvir as sugestões de quem por lá já andou a passear!