segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Fazer - o verbo que mais do que conjugar devemos praticar

Nessa loucura impraticável que foi a maratona blogueira, evento a que que só adere quem não tem juízo ou capacidade para adiar milhentos pendentes e que me fez escrever 13 posts em 6 horas, dei por mim a debitar sobre este assunto e a explicar brevemente o porquê da frase do Dough Hall que tenho ali na fronha do blog. Não vou repetir a história. Só dizer brevemente que foi uma frase que me apareceu no momento, porque queria qualquer coisa para ter ali, e pareceu-me que era um bom "life moto" resumindo, aliás, um bocadinho da minha vida: não fico à espera que as coisas me aconteçam, faço acontecer. Claro que ainda não fiz história... Mas desde pequena quando me perguntavam qual era o meu sonho eu dizia "ficar na história". Recentemente, e como já aqui escrevi, reformulei: chega-me uma história mais pequenina, a história da diferença na vida daqueles que comigo diariamente convivem. Mas mesmo nesta história mais pequenina confesso que vivo na urgência de fazer mais e exploro constantemente os meus limites. Tenho pena de não ser multi-tarefa ou uma pessoa bem mais rápida. Movo-me literalmente ao ritmo do caracol porque tenho uma incapacidade de processamento para velocidades de pensamento e tarefa muito elevadas.


Quanto à minha tendência julgo que já é veia genética. Reconheço nuns quantos antepassados que fizeram bem mais do que eu - e que sim, ainda que os meus filhos não se venham a confrontar com eles em livros de história podem cruzar-se com eles em nomes de ruas e em estátuas cuja história terei de contar - esta vontade de fazer qualquer coisa de diferente e de fazer mais de todos os sítios em vez de ficar a apontar dedos e culpas. Contudo, confesso: não me apetece ser mais e melhor todos os dias. Há dias em que chego a casa e apetece-me que o dia termine efectivamente à hora em que saio do trabalho e deixar-me de "brincadeirinhas". Hoje por exemplo rejubilei profundamente quando soube que uma reunião que tinha agendada para hoje às 19.15 afinal acontece dia 28. Ahh, que bom é estar sentada, sem nada fazer...

12 comentários:

  1. Eu sou mais suave, mais medrosa... mas tenho essa mesmo vontade de fazer, de acontecer.

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    1. Mesmo que mais suave acho que é evidente que fazes o teu caminho e que chegas onde queres chegar :)

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  2. fazer e marcar. e não necessariamente com coisas grandiosas. às vezes o mais simples e espontâneo pode ser o mais marcante...

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    1. Sem dúvida :) Hoje liguei a uma pessoa a quem devia ter ligado há muito tempo e sinto-me de missão cumprida!

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  3. A mim basta-me fica na história de alguém, ser importante para alguém, ter marcado a diferença, por algum motivo na vida de alguém. Nunca tive sonhos muito ambiciosos, tenho os pés bem assentes na terra. Não quero dar passos maiores do que as minhas pernas, como diz a minha mãe :)

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    1. Acho que é dessa maneira que me tenho vindo a simplificar. Também considero que tenho os pés assentes na terra: vou construindo degraus e não escalo logo ao telhado!

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  4. Tive a ler alguns posts disso da maratona, vocês em 6h conseguiram 170 e tal posts, e quero com isto relatar que realmente se dizes que só adere quem não tem juízo, eu só posso concordar com isso livra...

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    1. Era um post de 30 em 30 minutos, João, vê lá tu, portanto conseguimos o que tinha de ser :P Confesso que quando me meti nisto não sabia em que raio de confusão me envolvia mas lá está prefiro "fazer" do que ver as coisas passar por mim e ficar de fora. Sinceramente, gostei :)

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  5. A maratona foi uma loucura saudável, tanto que quero mais.
    Quanto a ti, penso que estou "perante" alguém que fazer história.

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